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Lula deve receber presidentes Emmanuel Macron e Pedro Sánchez em Brasília em março

Integrantes do Palácio do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores informaram à GloboNews nesta quarta-feira (24) que o presidente Lula deve receber em Brasília, em março, os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Espanha, Pedro Sánchez.

As datas dos encontros ainda não estão definidas. Segundo relatos, a reunião com Sánchez deve acontecer no começo do mês, e a com Macron, no final.

De acordo com integrantes do governo, Lula pretende abordar com os presidentes temas como proteção do meio ambiente e o acordo comercial negociado há mais de 20 anos entre o Mercosul e a União Europeia.

Lula esteve com Pedro Sánchez em Madrid (Espanha) em abril do ano passado e com Macron em Paris (França), em junho.

Em 2023, o presidente dedicou grande parte da agenda a viagens internacionais com o objetivo de reaproximar o Brasil de seus principais parceiros comerciais e recolocar o Brasil à frente de discussões em organismos multilaterais.

Nesse contexto, o presidente esteve, por exemplo, na China, nos Estados Unidos, na Argentina, em Cuba e na Alemanha, países com os quais seu antecessor, Jair Bolsonaro, teve uma série de embates ao longo do mandato.

Para 2024, Lula tem dito que pretende viajar mais pelo Brasil e, diante disso, deve reduzir as viagens ao exterior – embora já tenha agendas previstas para este ano em países como Egito, Guiana e Estados Unidos, por exemplo.

Mercosul-UE
O Brasil presidiu o Mercosul no segundo semestre de 2023 e colocou como um dos objetivos principais garantir que o acordo comercial com a União Europeia fosse fechado. A ideia era aproveitar a presidência espanhola do bloco europeu, outro país a favor da assinatura.

No entanto, críticas de Macron aos termos negociados adiaram a assinatura – ele sempre mostrou resistência ao tema. O francês chegou a dizer que o acordo era “antiquado”, “completamente contraditório” com o discurso de Lula e que “desmantela tarifas”.

A primeira etapa das conversas foi concluída em 2019 e, desde então, o acordo passou à fase de revisão, etapa que ainda não foi encerrada.

Do lado europeu, por exemplo, foi incluído um documento adicional que, em linhas gerais, prevê sanções em caso de descumprimento de medidas ambientais, o que não foi recebido pelos países do Mercosul.

Além disso, no governo Lula, o Brasil passou a exigir alterações relacionadas às chamadas compras governamentais, tema que o país considera prioritário para incentivar a indústria nacional em áreas como saúde, por exemplo.

Na Alemanha, Lula diz que não vai desistir de acordo entre Mercosul e União Europeia

Nesta quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores informou que o ministro Mauro Vieira convidou os chanceleres de Bolívia, Paraguai e Uruguai a participar, em fevereiro deste ano no Rio de Janeiro, da reunião de ministros das Relações Exteriores do G20.

O Brasil preside temporariamente o grupo, que reúne as 20 principais economias do mundo. Em novembro deste ano, acontecerá também no Rio de Janeiro a cúpula de chefes de Estado do grupo.

Em dezembro de 2023, ao assumir, o presidente Lula listou como prioridades de atuação do Brasil as discussões sobre três eixos centrais: combate à fome e à pobreza; desenvolvimento sustentável e transição energética; e reforma da governança global.

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