Investir não é sorte: o que aprender antes de aplicar o primeiro real
O especialista Francisco Gonçalves Perez ressalta que dar o primeiro passo no mundo dos investimentos exige mais preparo do que coragem. Embora muitas pessoas ainda associem o ato de investir a um golpe de sorte ou a um talento nato para números, a verdade é que o conhecimento faz muito mais diferença do que qualquer palpite. Antes de colocar dinheiro em qualquer aplicação, é preciso compreender o cenário, os riscos e o seu próprio perfil como investidor.
A popularização dos conteúdos sobre finanças despertou o interesse de milhares de brasileiros, mas também alimentou uma pressa perigosa. Muita gente entra nesse universo com expectativas irreais, buscando retornos rápidos ou copiando estratégias sem saber se elas fazem sentido para sua realidade. Investir bem começa com a construção de uma base sólida e não com uma aposta.
Por que entender seu perfil de investidor é tão importante?
Antes de escolher entre renda fixa, ações ou fundos, é fundamental entender como você lida com risco, volatilidade e prazos. O perfil do investidor ajuda a alinhar expectativas e evitar decisões impulsivas. Francisco Gonçalves Peres explica que esse autoconhecimento evita frustrações e perdas, pois impede que o investidor se comprometa em aplicações que não se encaixam em sua realidade financeira ou emocional.
Muitos erros acontecem justamente por ignorar esse ponto. Alguém conservador que investe em ativos voláteis por influência de terceiros pode acabar sacando antes da hora, ficando no prejuízo. Por outro lado, um perfil mais inseguro pode perder oportunidades ao manter recursos apenas em produtos de baixo rendimento. Compreender o próprio perfil é o primeiro filtro que define o caminho mais adequado a seguir.

Francisco Gonçalves Perez
Como avaliar os riscos e os objetivos antes de investir?
Investir é uma decisão estratégica que deve estar conectada a um objetivo claro. Com o objetivo definido, vem a análise de risco. Aplicações de renda variável, como ações, oferecem maior retorno potencial, mas exigem paciência e controle emocional. Já opções mais conservadoras, como Tesouro Direto ou CDBs, são indicadas para quem busca estabilidade. Francisco Gonçalves Perez destaca que entender essa relação entre risco e retorno ajuda a fazer escolhas conscientes e evitar arrependimentos futuros.
O que considerar antes de confiar em promessas de ganhos fáceis?
Com a internet, surgiram milhares de “mentores” prometendo lucros altos em pouco tempo, o que muitas vezes beira o golpe. A promessa de ganhos rápidos costuma ignorar a complexidade do mercado e pode mascarar esquemas de pirâmide ou produtos mal explicados. O investidor iniciante precisa desenvolver senso crítico para identificar quando uma oferta é boa demais para ser verdade.
Desconfiar de promessas exageradas é tão importante quanto entender o mercado. Francisco Gonçalves Peres reforça que um bom investimento não depende de atalhos, mas de estudo, planejamento e paciência. Cursos, livros e fontes confiáveis ajudam a construir essa base. Com conhecimento, o investidor consegue enxergar além da propaganda e proteger seu patrimônio de armadilhas.
Fechando a conta com consciência
O especialista Francisco Gonçalves Perez reforça que o investimento ideal não é o que rende mais em menos tempo, mas o que faz sentido para quem aplica. A pressa em ver resultados pode custar caro. Não se trata de prever o mercado, mas de agir com estratégia e coerência. Investir com segurança e inteligência não é questão de sorte, mas de preparo. O dinheiro, quando bem aplicado, se transforma em ferramenta de realização.
Autor: Schubert Sabin