Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca como desequilíbrios hormonais e inflamações impactam diretamente a fertilidade feminina.
Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca como desequilíbrios hormonais e inflamações impactam diretamente a fertilidade feminina.
Noticias

Conexões hormonais e inflamatórias na síndrome metabólica e infertilidade feminina

Oluwatosin Tolulope Ajidahun analisa que a síndrome metabólica, caracterizada por resistência à insulina, adiposidade visceral, hipertensão e dislipidemia, mantém conexões diretas com a infertilidade feminina. Segundo a literatura, a combinação de disfunções hormonais e inflamação crônica de baixo grau altera ovulação, qualidade oocitária e receptividade endometrial, elevando o risco de anovulação, perdas gestacionais precoces e redução das taxas de implantação em reprodução assistida.

Também é possível observar que citocinas pró-inflamatórias, hiperinsulinemia e hiperandrogenismo criam um circuito de reforço mútuo. De acordo com estudos clínicos, o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano sofre interferências por leptina, TNF-α, IL-6 e resistina, que modulam pulsos de GnRH, produção de esteroides e dinâmica folicular, resultando em ciclos irregulares e luteinização inadequada.

Resistência à insulina e disfunção ovulatória

Tosyn Lopes ressalta que a resistência à insulina amplifica a atividade tecal e eleva andrógenos, reduzindo SHBG e agravando anovulação. Segundo evidências, a hiperinsulinemia também compromete o desenvolvimento folicular ao alterar vias de PI3K/AKT e mTOR, com impacto sobre maturação oocitária e qualidade embrionária.

Compreender a relação entre metabolismo e reprodução é essencial para diagnósticos precisos, explica Oluwatosin Tolulope Ajidahun.

Compreender a relação entre metabolismo e reprodução é essencial para diagnósticos precisos, explica Oluwatosin Tolulope Ajidahun.

Por sua vez, a combinação de hiperandrogenismo e insulina elevada piora a sensibilidade hipotalâmica ao feedback esteroidal. Frisa-se que o resultado prático inclui ciclos longos, ciclo curto lúteo e menor previsibilidade ovulatória, prejudicando o timing reprodutivo e a efetividade de protocolos de indução. Além disso, a resistência à insulina está associada ao aumento da inflamação sistêmica, o que reforça a dificuldade de restabelecer o equilíbrio hormonal de forma espontânea.

Inflamação crônica de baixo grau e receptividade endometrial

Oluwatosin Tolulope Ajidahun aponta que o estado inflamatório persistente altera a janela de implantação por desregular integrinas, HOXA10/11 e receptores de progesterona. Ademais, destaca-se que o estresse oxidativo resultante reduz a qualidade do endométrio, afetando decidualização e angiogênese.

Ressalta-se que IL-6 e TNF-α desorganizam a sinalização de progesterona e favorecem resistência endometrial ao hormônio, o que se traduz em falhas de implantação. Acrescenta-se que biomarcadores inflamatórios elevados correlacionam-se com maiores taxas de perda gestacional bioquímica, exigindo acompanhamento médico contínuo e abordagem multiprofissional para restaurar o ambiente uterino.

Adiposidade visceral, eixos endócrinos e disfunções reprodutivas

Tosyn Lopes comenta que o tecido adiposo visceral atua como órgão endócrino e inflamatório, secretando adipocinas que modulam E2, P4 e andrógenos. Observa-se, ainda, aromatização periférica aumentada, que perturba o balanço estrogênio-progesterona e interfere na seleção folicular.

De acordo com análises populacionais, ganho ponderal central eleva leptina, reduz adiponectina e piora resistência à insulina, reforçando o ciclo metabólico-reprodutivo deletério. Evidencia-se que pequenas reduções de 5% a 10% no peso já melhoram ovulação e parâmetros endometriais. Essa redução também contribui para o equilíbrio inflamatório sistêmico, restaurando parte da função hormonal comprometida.

Microbiota, vitamina D e eixo inflamatório-reprodutivo

Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que a disbiose intestinal aumenta permeabilidade e endotoxemia metabólica, intensificando inflamação sistêmica de baixo grau. Menciona-se que esse ambiente afeta síntese de hormônios e vias imunes uterinas, com impacto sobre receptividade endometrial.

Segundo revisões, a insuficiência de vitamina D, comum em mulheres com síndrome metabólica, associa-se a maior resistência à insulina e a desfechos piores em fertilidade. Elucida-se que otimizar 25(OH)D pode modular citocinas, melhorar sensibilidade insulínica e favorecer decidualização.

Caminhos clínicos: rastreio, intervenção e acompanhamento

Tosyn Lopes propõe uma abordagem integrada que combine rastreio metabólico (glicemia, HOMA-IR, perfil lipídico), mapeamento inflamatório (PCR-us, ferritina quando pertinente) e avaliação reprodutiva (perfil gonadotrófico, ultrassonografia folicular e parâmetros endometriais). Sugere-se articular metas factíveis de redução de peso, sono adequado e manejo do estresse para conter cortisol crônico.

De acordo com diretrizes terapêuticas, intervenções escalonadas incluem plano alimentar hipocalórico moderado, exercício resistido e aeróbio, além de estratégias farmacológicas quando indicadas. Detalha-se que a melhora metabólica prévia a tentativas de concepção, espontâneas ou assistidas, aumenta taxas de ovulação, implantação e gestação clínica, ao reduzir a carga inflamatória e restaurar sinalizações hormonais. O tratamento contínuo e o acompanhamento de longo prazo tornam-se, portanto, pilares indispensáveis para o equilíbrio entre metabolismo e fertilidade.

Autor: Shubert Sabin 

As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.

What's your reaction?

Excited
0
Happy
0
In Love
0
Not Sure
0
Silly
0

You may also like

More in:Noticias

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *